sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Obrigado e me desculpem



Achei esta hoje, mas precisei postar
   OI! Estou em falta com o blog e provavelmente vai continuar assim por uns dias. Já tenho internet, mas estou em minha cidade natal e aqui eu não tenho privacidade para escrever sobre minha vida secreta (sem minha irmã vir espionar) ou procurar fotos mais ousadas (sem que minha mãe veja).
Esta seria minha visão de Lucas
Mas o anjo tá com cara de bocó













     
     Resolvi colocar umas imagens q eu salvei no PC um tempo atrás e que desisti de colocar nos post anteriores. Farei o possível para contar mais uma parte de minha história no blog assim que eu puder.
Seria a imagem de minha
primeira vez
Peguei esta em um dia de imagens
fofas, mas não teve espaço
     Minha vida se resume a esperar as férias acabarem. Estava em Salvador até anteontem por motivos de família. Mas é claro q dei umas escapadinhas. Fui a duas festas numa boate gay. Fiquei com 3 caras em uma, mais outro na outra. Ah! Eu estou namorando. Depois eu explico porque isso não me faz [tão] promíscuo. Agora estou de volta à minha casa, em uma cidade onde os gays são vistos com seres histéricos que pagam para fazer sexo oral em héteros. Eu estava planejando contar aos meus pais sobre minha sexualidade nessas férias, mas percebo que vai ser difícil contar algum dia. às vezes eu torço para eles descobrirem de alguma forma que eu não tenha pensado porque eu calculo muito tudo que faço para não deixar pistas. Tem dado certo até agora. O máximo de exposição que eu tenho é quando meus amigos gays comentam no meu facebook ou este blog se alguém que conhece muito a minha vida lê-lo por acaso. Só o Ralf poderia ligar os pontos, mas acho difícil que ele encontre o blog.
Nada a comentar sobre esta :p
     Isso deveria ser apenas uma mini-nota e eu prolonguei demais. Deve ser saudades de escrever. Beijos e abraços aos mais de 200 *-* visitantes e quem mais chegar. É pouco, eu sei, mas tô feliz que aparentemente alguém está seguindo o Tyr. Muito obrigado!

Té +

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Férias

     Só para esclarecer, eu tomei vergonha na cara, estudei e passei em todas as recuperações, assim como tomei vergonha na cara e resolvi escrever hoje no blog pelos milhares de dias que fiquei em falta!

     As férias chegaram. Um tempinho antes, eu tinha planejado que usaria as férias para me esquecer de Lucas, ficar sussa relaxando e curtindo meus amigos (quase inexistentes em minha cidade), mas tudo mudou. Meus dias se resumiam a ficar no facebook conversando com Lucas por mensagens ou trocar SMS com ele. Só parava para comer e dormir. Mas nem tudo são flores na minha vida:p . Eu não sei se já disse, mas nós dois fazemos parte do DAM"MID" (diretório acadêmico de Medicina da UNIMID). O problema foi uma reunião por msn do diretório. Eu devo ser masoquista, só pode. Não sei por que cargas d'água eu soltei uma piada no meio da reunião sobre Rebeca e eu. Lucas inventou uma desculpa e saiu da reunião na mesma hora. Daí para frente evitou falar comigo, mas eu tentava me explicar, pedir perdão, mas eu mesmo não sabia porque fiz aquela idiotice. Eu sei que ele tem mania de perseguição que acha que as pessoas estão sempre tentando atingi-lo. Mas eu não podia viver em função de quem não me quer. 
     Fui para a cidade onde fiz o ensino médio para sair com meus ex-colegas. Entre eles, Bia (que já tinha se tornado minha melhor amiga e até me deu apoio quando soube de minha sexualidade) e Igor (que tinha parado de conversar comigo quando eu falei que estava apaixonado por Lucas. Mas já tínhamos voltado a conversar). Desses encontros, o melhor foi um com Bia em que conversamos pela primeira vez sem que eu precisasse esconder quem eu sou. Mas também saí com ela e alguns outros para comer pizza. Um dia fui para a casa de Igor e só conversamos, mas tive que ir embora cedo porque recebi uma mensagem de Lucas puxando assunto. Fiquei mexido, mas voltamos a conversar. Típico. É só receber um gelo por uns dias que já quer correr atrás para não perder  ¬ ¬ . Mas eu sou um retardado mesmo e acreditei. Falamos sore todo tipo de coisa. Até disse a ele que eu tinha vontade de fazer sexo de outro jeito e ele ficou todo animado. Combinamos até de sair em Salvador porque eu ia para lá no fim das férias antes de ir para a UNIMID. Mas ele voltou a ficar frio comigo.
Foi a primeira vez que me senti assim
     Decidido a não deixar mais que minha vida fosse toda em função dele, resolvi ignorá-lo e curtir minha solteirice. Fui a uma boate gay com um conhecido da UNIMID que é dessa cidade, o A"ntony". Foi a primeira vez q eu estive num ambiente desse e não foi nada agradável, mas o problema era aquela boate específica. Fedor intenso de cigarro ininterrupto. Mal dava para enxergar à frente por causa da fumaça. Ignorei isso tudo e fui dançar. Um tempo depois eu estava beijando Antony e o gosto era horrível porque ele estava fumando também. Daí para frente foi uma descida na ladeira de minha dignidade. Fomos dormir na casa de um amigo (altamente morto de bêbado) dele, mas nem dormimos. Começamos a nos agarrar no sofá. De repente estávamos nus na frente do bêbado desmaiado e fomos para um quarto. Não sei se transamos conceitualmente, mas tivemos no mínimo preliminares bem avançadas. Tive que me controlar demais para não perder a "virgindade" que me restava.
    Voltei para a casa de minha irmã (onde eu fico na cidade que eu estudava e agora ela estuda) fedendo a cigarro e me sentindo uma poota. Pelo menos, ele era gostosinho. Eu tenho um(a) defeito/virtude de não conseguir esconder o que eu faço de quem não pode saber. Mais tarde mandei uma mensagem para Lucas contando o que eu fiz e contando que me senti mal por fazer isso. Ele não se revoltou, mas obviamente não tinha gostado. Resolveríamos isso uns dias depois quando eu chegasse em Salvador em poucos dias.
     Mas nem tudo são flores na minha vida. Lucas mandou uma mensagem me agradecendo por ter estado com ele dizendo que foi tudo ótimo, mas que não achava que daria certo. Falou de um jeito super fofinho, mas o sentido me machucou profundamente (outra vez). Mandei uma mensagem respondendo que eu não queria isso, mas não podia fazer nada e pedi que ele não viesse com charme para cima de mim de novo se não fosse para namorar porque eu estava apaixonado e não conseguiria resistir se ele tentasse ficar comigo, mas eu sabia que ele se cansaria de novo depois de ter impedido que eu conhecesse alguém legal e eu tomaria no c* (no sentido sem graça). Ele só concordou. Mesmo assim continuamos o que tínhamos combinado de comprar juntos a passagem para "MIDGARD" (resolvi dar um nome pra cidade da faculdade). Cada vez me surpreendo mais com minha burrice extrema. Lucas inventou uma desculpa ridícula para eu passar na casa de um amigo dele onde ele estava sozinho para de lá irmos à rodoviária. Quando cheguei ele estava bebadinho, e insistiu para que eu bebesse cerveja também.  Eu disse que não resisto e não resisto mesmo. Umas cervejas depois eu estava bêbado e pedindo para ele namorar comigo. Ele tentou dizer alguma coisa como "namorar é uma coisa e..." mas eu falei que para mim só servia assim e então ele me beijou. Fui ingênuo? Sim. Mas foi um bom momento com ele. Se o amigo souber, a coisa vai ficar feia. Se aquele banheiro falasse...
*-*
     E uns dias depois estávamos viajando lado a lado no ônibus. Ele me contou boa parte de sua vida colorida. Todos no ônibus dormiram e nos beijamos muito e muito. Ainda teve mão por baixo do livro de fisiologia (nem digo onde o livro estava). Reparei que tinha uns caras olhando porque quando me virei na direção deles, eles viraram a cabeça para o lado oposto como que por reflexo. Whatever. Não os conheço nem eles me conhecem mesmo. Mas o melhor foi quando chegamos em casa. Continuamos acordados por mais um tempo e o que me restava de virgindade se foi. O melhor é que foi com o cara por quem eu sentia algo tão especial (atualização: eca²).
     Mas nem tudo são flores na minha vida. Passamos uns dias "juntos" (só na minha cabeça) mas sempre estávamos acompanhados e não tínhamos chance de estarmos juntos mesmo. Festas todos os dias antes das aulas voltarem, todas lá em casa. E sempre tinha algum colega e/ou calouro para dormir lá e ficar de empata foda (literalmente). Pelo menos teve descanso pros olhos com G"uedes", um calouro dormindo no sofá lá de casa com... Prefiro não comentar esta parte. Tô sentindo que os meus olhos estão muito promíscuos.
Interação com os outros cursos é muito importante
     A primeira semana era a semana de recepção dos calouros. Tudo foi organizado pelo DAMMID e deixamos para fazer algumas coisas lá em casa na segunda feira do começo das aulas pela manhã. Mas aconteceu uma coisa. Lucas ia me dizer que não queria mais ficar comigo antes do pessoal chegar lá, mas não pode terminar. Me tranquei no quarto e deixei todos lá fora enquanto eu chorava. Mandei uma mensagem mais ou menos assim para Lucas:
     "Já sei o que você queria dizer. Bem que você disse que gays só pensam com a cabeça de baixo. Eu te pedi para não fazer isso porque eu iria me machucar, mas você veio e me fez cega, tirou tudo que eu tinha, tirou até minhas prega (8)"
     Ele pediu desculpas, mas nunca mais consegui olhar para ele sem raiva e/ou tristeza. Todos aqueles momentos que eu achava lindos se tornaram motivos para sentir mais raiva ainda dele. Mas teve seu lado bom nisso tudo.

Nem faço drama
      A partir do próximo post falo sobre a vida pós-Lucas. Novos e incríveis "personagens". Alguns outros resolvem se afastar de mim sem motivo aparente (quem perde são eles). E umas decisões meio difíceis!

Té +

Festas juninas

     5 dias depois, estou de volta. Estava curtindo um pouco minhas férias (finalmente). Tava precisando sair e pegar alguém(ns).

às vezes eu fazia uma pausa
no estudo para assistir uns
filmes de ação =D
   Na casa de meu primo também estavam minha mãe e minha tia pois elas estavam de férias em seus empregos. Eu também deveria estar, mas fiquei em 3 provas finais. Foi um tempinho bom. Enquanto me desintoxicava de Lucas, estudava o dia todo, quando minha mãe não estava me fazendo comer até estourar (eu passava mal com tanta comida). Mas eu ainda lembrava de Lucas às vezes e continuava me sentindo mal.
     Alguns dias depois teve a minha primeira prova final. Foi mó fácil. O difícil foi que eu tive que passar na casa que eu divido com Lucas e encontrei ele, os pais e a prima R"ebeca". Ela até me deu mole, mas não me interessou, apesar dela ser linda, até porque sou tímido demais e fiquei com medo da aproximação dela. Além disso, ela era mulher. Não troquei uma palavra com Lucas. Minha mãe viu isso e me questionou, mas inventei uma desculpa qualquer para não estar mais conversando com ele e ela acreditou porque quis acreditar.
I like hobbits
     Uns dias depois começou o São João. Não fui curtir a festa de São João, fui com Paulo pro aniversário de Jorge. No caminho deixamos minha mãe e minha tia na festa e combinamos de buscar elas na volta. Fui pra festa. Encontrei um estudante de medicina e ficamos sabendo um do outro porque era uma festa só com as bee e ele tava com o namorado (tão fofinhos os dois. Parecem um casal de hobbits). A festa tava chata porque eu não conseguia me soltar, mas apareceu a *vodka*. Comecei a dançar, e depois me agarrei com um outro J"orge" que estava na festa. Foi o mais feio que eu já peguei (atualização: já teve coisa pior), e nem conversei com ele. Mas quando eu vi, Paulo teve que me resgatar do chão da laje. Resultado que esqueci minha mãe na festa. Ela teve que voltar para casa de táxi e eu dormi na casa de Paulo. Sorte que minha mãe é super compreensiva. Ufa!
Aniversário de Jorge
     Eu precisava curtir a festa de São João um dia. Aí aproveitei a segunda recuperação para não voltar para a casa de meu primo. Resolvi que iria para a última noite da festa e não teria problema porque no dia seguinte Lucas e a família iriam embora de manhã. Mas à tarde já começou a ficar complicado. Lucas se deitou do meu lado enquanto eu usava o computador e começou a puxar conversa. Me controlei com todas as forças para não fazer uma besteiras. Mas gostei que ele estava tentando refazer nossa amizade (eu me surpreendo com minha própria ingenuidade).
     E chegou a festa. Fui com Lucas, Rebeca, Eva e todos da minha turma que ainda não estavam de férias. Estava tudo ótimo, com exceção das investidas de Rebeca para cima de mim. Sempre me afastava dela porque obviamente eu não sentia atração por ela. mas aí tomamos uma bebida com limão e leite condensado, depois dividi umas cervejas com Lucas. Depois dancei forró e lambada com Rebeca. Então percebi que estava beijando Rebeca. Ficamos boa parte da noite e Lucas sumiu. Depois Eva sumiu também. Só aí percebi a merda que eu fiz. Lucas só voltou na hora de ir embora. Veio na minha direção e perguntou:
- Você Está consciente de tudo q fez aqui?
- Acho q sim!
- Ótimo. Porque você vai saber o motivo para se mudar lá de casa!
lol
     Não consegui falar nada. Só empurrei ele e fui embora. Parei no meio do caminho, me sentei na calçada e comecei a chorar porque eu estava brigando feio com Lucas por mensagens de texto e qualquer palavra que ele diz dói muito mais que se for dita por qualquer outro. Então ele e Rebeca passaram no lugar onde eu estava. Me perguntou se eu queria conversar, mas eu só disse que não, tentando esconder o choro e eles passaram direto. Mas voltaram um tempinho depois. Rebeca não entendeu nada, então eu falei a ela que Lucas estava chateado porque eu sou gay e que achou que eu estava enganando ela. Mas ele desmentiu e contou que ele também era gay e que a gente ficava. Ele achou que eu só tinha feito isso para machucá-lo, mas não era verdade. Eu não imaginei que ele ia ficar tão triste, afinal, eu gostava dele e a recíproca não era verdadeira. No final ele acabou admitindo que tinha ficado com ciúmes e fizemos as pazes. Descobri que quando ele sumiu, Eva foi consolar e tentou ficar com ele (vaca). Conversamos bastante, nos sentamos lado a lado. Ele disse que talvez gostasse de mim. Me deitei no colo dele. Ele encostou e começou a acariciar o rosto no meu e ficamos juntos mais uma vez.
<3
     Mas desta vez foi diferente porque nós fomos além. Foi o melhor momento que eu tive na minha vida (atualização: eca). A sensação física foi boa, mas eu senti algo muito mais intenso. Sabe o que dizem sobre as meninas fantasiarem com uma primeira vez perfeita? Nunca pensei assim e até achava que seria ruim porque eu seria todo desastrado. Mas foi lindo. Simplesmente *-* . Ps: Com os pais dele no quarto ao lado.
   Ao acordar, nos despedimos e sempre trocávamos mensagens fofinhas dizendo o quanto foi especial a noite anterior, quanto estávamos gostando um do outro e blá, blá, blá, whiskas sachê.
     Que venham as férias (melhor que não tivessem vindo)!


Té +

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Ficadas casuais e traições

    Onde eu parei? Ah, sim! Quando Lucas terminou o nosso projeto de relacionamento.

Renasci das cinzas depois que um
bombeiro apagou meu fogo (-n)
     Uma semana de sofrimento sem sentido depois, comecei a ressurgir das cinzas. Uma noite eu estava dormindo, apesar de não estar muito tarde (costumo dormir de quatro... horas da manhã em diante), quando chega Paulo em minha casa. Teve uma D.ex-R. com Lucas e eles brigaram. Foi conversar com A"na" (estudante de psicologia que mora comigo) e eles também brigaram. Paulo tava bêbado e só eu tinha paciência com ele nessa situação. Ele se deitou no sofá da sala todo tristinho. Peguei meu colchão, coloquei ao lado do sofá e fiquei fazendo carinho nele. Então ele se deitou ao meu lado no colchão e dormimos abraçados. Sorte que acordamos cedo no outro dia e provavelmente ninguém nos viu naquela situação. Depois de um tempo, fomos terminar de dormir no quarto. Mas nos deitamos na cama de Lucas (que tinha saído) e ele chegou muito perto de mim, encostou os lábios nos meus e ficamos. Foi realmente bom. Não fizemos "safadezas", só nos beijamos e apertamos. Mais tarde ele me apresentou para um amigo dele por facebook. Achei estranho porque não estava acostumado a ficar por ficar, então não entendi que tivesse sido tão casual nossa ficada. Mas aceitei porque o cara, J"orge", era super bonitinho. Até conversamos por webcam.
Assistimos um filme
com Malvino Salvador
     Combinei de ir ao cinema com Jorge numa sexta-feira. Paulo dormiu de quinta para sexta lá em casa. Dessa vez dormiu no quarto meu e de Lucas num colchão entre nossas camas. O problema foi que minha cama estava remendada e quebrou essa noite. Então me deitei de conchinha com Paulo (talvez eu quisesse causar ciúmes em Lucas, mas nem foi o principal motivo) e, ao acordarmos, Lucas tinha saído e ficamos de um jeitinho mais quente dessa vez. O corpo dele era ainda mais lindo que eu achava quando o via vestido. Cada perna. Claro que não fizemos sexo porque nós dois éramos virgem. À noite encontrei Jorge e trocamos uns beijos num lugar reservado, mas não era "seguro" ali, então resolvemos nos despedir logo. O beijo deles nem se comparava ao de Lucas (um deles tem o pior beijo q já provei até hoje).
Difícil achar uma posição
Confortável, mas vale a pena
     Os resultados das provas na faculdade estavam cada vez piores, eu comecei a pensar em desistir do curso, mesmo que eu tivesse me apaixonado pela medicina. Mas Lucas veio conversar comigo. Estávamos na varanda de casa, e ele me deu força. Me mostrou que eu deveria ser perseverante e não desistir tão fácil. Mas depois aconteceu algo excelente/terrível. Ele estava numa rede e me chamou para me deitar ao lado dele. Juro que tentei resistir, mas não tive a menor chance. Daí para frente foi só alegria. Fomos pro quarto e esquentamos as coisas sem ultrapassar os limites que eu tinha até então. Ficamos mais uma vez e ele voltou a ser frio comigo. Nem precisei perguntar o motivo. E não precisei dar o fora em Jorge porque ele fez isso primeiro.
      Então veio a festa/suruba da turma. Os mais chegados (ou mais gostosos) foram lá para minha casa e começamos a beber e fazer brincadeiras de bebida e beber e dançar e beber e se pegar e beber. Lucas só ficava se jogando para Tiago e se afastando de mim. Então, quando discordei dele numa brincadeira, ele me deu um tapa na cara. Me controlei para não dar um soco naquele nariz de tucano dele e fui chorar no meu quarto. Pedi por telefone que Paulo viesse conversar comigo. Ele veio bem rapidamente e eu fui chorar no colo dele. No outro dia eu soube que Lucas ficou com Eva (a amiga-da-onça, vagabunda botou chifre no noivo com o cara que eu sou apaixonado) e deitou de conchinha com Tiago (que estava no chão caído de bêbado). Chorei mais um bocado e não consegui mais olhar na cara de Lucas.
Representação da festa na minha casa
Fotinha para descontrair
     Resolvi passar um tempo na casa de um primo para ficar longe do maldito enganador de caras. Mas antes, eu precisava conversar com ele. Nessa conversa ele contou que gosta de mim, mas não pode retribuir meu sentimento. Disse q não deveria ter voltado a ficar comigo, mas que não resistiu. E me pediu desculpas por tudo que aconteceu na festa, pois não queria me magoar, mas bebeu demais e não se controlou. Nos despedimos e eu fui.

     Queria ter contado mais, mas ficou meio grande, então vou parar por aqui. Da próxima vez vou contar até o fim do período letivo, com mais uma reviravolta em minha história e um dos momentos mais incríveis da minha vida.

Té +

domingo, 4 de dezembro de 2011

SMS e suas armadilhas


     Dois dias se passaram enquanto eu tentava contar a Lucas sobre meu interesse especial por ele, mas não conseguia. Até que ele conversou comigo sobre relacionamentos que ele teve com amigos e que não tinham dado certo. Percebi logo que eram indiretas para que eu não tivesse mais ilusões sobre um possível relacionamento entre nós. Digitei um SMS para Eva contando sobre aquilo e enviei. Pausa dramática. O celular de Lucas tocou no mesmo momento que a mensagem foi enviada. Tentei pegar o celular dele, mas ele disse que foi só uma mensagem da operadora, contudo ele demorou demais lendo para que fosse só isso. Chequei minhas mensagens e vi que tinha realmente enviado para ele. Com cuidado, enviei uma mensagem para Eva contando o que tinha acontecido. Ela me acalmou e me ajudou a perceber que seria bem melhor assim.
Nem pensava mais nisso,
mas seria interessante se acontecesse aquilo que eu sonhei
     Na sexta pela manhã eu contei a Paulo que sou gay. Ele ficou parado me olhando e começou a tremer levemente, me perguntando se era sério. Contei ainda que eu estava interessado por Lucas e sobre tudo que aconteceu na noite anterior. Ele saiu de perto puxando Eva para conversarem longe de mim. Depois de um tempo ele se aproximou, me deu um abraço que quase quebrou minhas costelas e pediu que conversasse com ele. Fomos para um beco bem próximo àquele da conversa que eu tive com Eva e Lucas. Ele me contou que não imaginava que eu fosse gay e me contou a história dele com o Lucas, dizendo q não deu certo, mas comigo era diferente. Me apoiou apesar de ainda ser apaixonado por Lucas. Não éramos rivais. Se os dois voltassem, eu estaria feliz porque eram meus melhores amigos e eu queria vê-los felizes. Eu não tinha me surpreendido com a sexualidade dele porque ele tinha alguns trejeitos gay, mesmo tendo aparência que eu imaginava, a pouco tempo, ser de hétero.
     Aquela noite fomos à casa de Mauro para nos despedir da mãe dele. Lucas conseguiu voltar ao normal na presença de Paulo, seguindo os meus conselhos, mas desta vez foi Paulo quem ficou muito calado e não conseguiu se divertir. Acho que não deveria ter contado sobre o que eu sinto por Lucas. Ele deu carona a mim e Lucas até nossa casa e combinamos que ele viria no dia seguinte para que eu e ele jogássemos video-game. Mas eu não dormi logo ao chegar. Depois de um banho, eu e Lucas ficamos conversando, até que ele me perguntou sobre o sms. Eu só disse o óbvio. Que estava gostando para baralho dele. Ele começou a dizer que muito tempo atrás ele imaginou que eu sou gay e estava muito a fim de mim e fazia até brincadeiras com os amigos quando eu ia dormir na casa dele (no tempo que eu ainda morava na outra cidade), mas que depois imaginou que eu fosse hétero pelo meu jeito de ser e que o interesse tinha passado. Fiquei tristinho, coitado de mim. E ele me chamou para deitar ao lado dele. Eu fui sem pensar duas vezes. Depois de um tempo tomando coragem, nos beijamos. O beijo dele é o melhor que já provei até hoje (atualização: o beijo era bom mesmo :p). Ele me fazia carinho o tempo todo e acabamos indo um pouco além, mas sem sexo, porque ele sabia que eu era virgem. E dormimos, cada um em sua cama porque era desconfortável nos deitarmos juntos numa cama tão pequena. Eu nem me importaria, mas ele preferia assim.
Quando estávamos juntos
o resto do mundo desaparecia
     Ficamos várias vezes, mas a cada dia ele ficava mais frio comigo. Sabia o que aquilo queria dizer, mas tinha medo de receber a confirmação. Paulo já estava sabendo. Foi logo no dia seguinte enquanto jogávamos video-game e Lucas tinha ido a uma festa (tinha insistido para que eu fosse junto, mas eu não poderia desmarcar com Paulo). Paramos de jogar e ele me perguntou se tinha acontecido alguma coisa entre Lucas e eu. Não consigo mentir. Ele saiu de perto, passou um tempo sozinho, voltou e me deu mais um daqueles abraços quebra-costela que significam que ele está nervoso. Mas desejou que ficasse tudo bem entre nós e foi embora pouco tempo depois. Tinha acontecido entre eles o mesmo que estava acontecendo comigo.
Down, down, down
in the  Socialist society
     Mas a confirmação só veio num encontro de estudantes de medicina que participamos. Uma noite Lucas me puxou para um corredor deserto e me disse que não sabia se queria continuar comigo. Eu disse que já sabia disso, bem calmamente (atualização: calmamente nada. tava acabado). Nos beijamos uma "última" vez e fomos dormir. Quem disse? Voltei pro corredor e passei o resto da noite chorando. No dia seguinte, saí de uma reunião antes que as lágrimas caíssem e fui novamente àquele corredor. Eva e Lucas vieram até lá e conversamos. Eva me acalmou, mas já não era a mesma coisa. Era óbvio que ela também se sentia muito atraída por Lucas, por isso acabou se afastando de mim quando ficamos juntos.
    O encontro acabou. Eu e Lucas continuávamos cordiais, mas eu estava muito mal e me perguntando porque ele não queria mais ficar comigo. Ele me acha feio? Eu sou chato? Tinha algum outro cara por quem ele se interessara? Eu precisava perguntar a ele, mas ele fazia questão de ficar longe de mim ou perto de outras pessoas. Desse modo não poderíamos conversar.
     Continua no próximo episódio...

Té +

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Minha pequena Eva

Quase todos chamam Phernandes de China
Mas ele nem tem muitos traços asiáticos
     Primeira semana letiva. Eu logo encontrei meu grupo e fiz muitos amigos (estranho. Sempre fui deslocado e tive dificuldade para fazer amizades). Andávamos sempre eu, F"elipe" (pernambucano), I"an" (pernambucano e, provavelmente, gay), E"lder" e B"árbara" (esses últimos, paranaenses. Sotaque quase tão gostoso quanto o de Minas). Até pensei que poderia ficar com Bárbara para disfarçar, pois ela era linda e não seria nenhum sacrifício, mas ela logo começou a namorar um mineiro (temos gostos parecidos), o P"hernandes" (e eu sou froxo. Não consigo chegar em alguém nem quando realmente me interesso). Mas ainda tinha outras mulheres bonitas. E homens também ;D


     Eu estava morando em uma cidade próxima aonde minha faculdade fica. Tinha que pegar um ônibus, mas a caminhada e o trajeto de ônibus juntos demoravam menos de meia-hora. Mas era um porre. Antes eu estava morando em uma cidade bonita, com temperatura baixa, mas agradável e fui pra capital do bode e da seca. Sem contar que as vistas se cansavam com tanta gente feia. Mas na quinta-feira, um carro parou ao meu lado enquanto eu ia para a faculdade. Um cara bonito, com um beiço infeiror bem grande, e porte bem agradável, chamado P"aulo" me perguntou se eu estava indo para a UNI"MID" (Universidade Federal de "MIDGARD") e me ofereceu carona. Aceitei porque eu sou preguiçoso. Valia a pena correr o risco de ser sequestrado. Se ele tentasse abusar sexualmente de mim, eu sairia no lucro. Ele me contou no caminho que também fazia medicina, estava quase na metade do curso e me deu várias dicas bem legais.

Quer uma carona?
     Nas semanas seguintes eu me aproximei cada vez mais de Lucas (aquele que eu falei sobre o bumbum), M"auro" (brasiliense assumidamente homofóbico, porém sensato sobre outros aspectos (atualização: sensato sobre pouquíssimos aspectos), L"uísa" (a menina de rosto mais angelical do mundo. Muito fofinha), e E"va" (paulista rockeira que transborda amor para todos os lados). Mas, entre eles, meu melhor amigo era o Lucas. Ele é de Salvador, super divertido, animado, pró-ativo e solícito. Só não era tão bonito, mas isso se tornava insignificante diante de tantas qualidades. Mas ele não tinha "jeito de gay". Deveria ter me enganado porque ele é meio ativista contra o preconceito, inclusive contra a homofobia. Minha turma tinha muita gente assim (a melhor turma ever (atualização: não)). Várias vezes eu vi Lucas conversando com Paulo. Se conheciam por amigos em comum de Salvador. Inclusive, uma vez Paulo me deu uma carona até minha casa e Lucas veio junto com a gente. Eles iriam sair com outros amigos. Comecei a desconfiar dessa relação, mas achei que era paranoia minha. Só uma mania besta de ver purpurina em tudo. Cheguei a sonhar que eu fazia sexo com os dois ao mesmo tempo. Quando acordei, não conseguia parar de pensar em Lucas. Paulo me atraía mais, até antes disso, mas alguma coisa mudou. Parecia que eu estava gostando mesmo do meu colega.
Como eu passei a ver Lucas
*-*
     Altos reggaes (festa em baianês. Eu e metade de minha turma somos baianos, apesar da faculdade ser de outro lugar na região Nordeste) com a turma. Muita bebida, e jogos da verdade cheios de mentiras. Percebi que quando Paulo estava por perto (ele sempre saía com nossa turma) Lucas ficava "emburrado", dizia que estava tudo bem, quando questionado, mas não participava das brincadeiras e da farra. Nesse tempo eu fui morar com Lucas, uma estudante de psicologia e o irmão dela que fazia cursinho. Eu e Lucas dividíamos um quarto. Claro que eu só fiz isso para economizar dinheiro e morar numa casa excelente e  mais próxima à faculdade (ou quase isso). Paulo sempre me visitava. Ele se tornou meu melhor amigo por um tempo, mas quando Lucas estava por perto tudo era muito estranho. Então Paulo parou de andar comigo. Certamente porque Lucas, além de Eva, estava sempre comigo. Mas eu ainda pensava que isso era apenas história de minha mente fértil e colorida.
Como Lucas se parece
Na verdade é mais bonito, mas é do "mesmo tipo" (Atualização: é feio)
     Eu, Lucas e Eva eramos inseparáveis. Nos momentos mais difíceis para mim, eles estavam lá (minhas notas não eram das melhores na faculdade). Paulo também sempre tinha ótimos conselhos. Eu fui colecionando motivos para achar que Lucas é gay: Glee, "Cantoras de viado", postagens anti-homofobia e pró casamento gay no facebook, uma imagem de sexo gay na tela do computador no momento que ele estava usando. Oh! wait... Bem, isso não tinha outra explicação. Será que eu tinha me enganado? Muito difícil, mas de qualquer modo, eu não teria coragem de tentar qualquer coisa com ele. Mas isso me deu coragem de contar a Eva sobre minha sexualidade e minha paixão por Lucas (mas sem usar essa palavra, porque ela me fazia sentir como se eu fosse uma adolescente idiota que adora o restart e eu era meio restartofóbico, mas já aprendi a respeitar quem gosta, apesar de eu achar uma b0st@) no dia seguinte ao show de uma cantora que eu não vou contar o nome (O show de Ivete Sangalo foi incrível até para Eva que é super rockeira e axefóbica =D ) . Foi a primeira heterossexual a saber disso. Ela ficou muito surpresa dizendo que nem desconfiava e talz. Normal, sou bem "bofinho" mesmo (atualização: hahahhaha. Que vergonha).
     Poucos dias depois, eu estava na faculdade procurando pelos dois e liguei perguntando a Lucas onde eles estavam. Estavam num corredor isolado da faculdade e me chamaram para lá. Ele estava deitado no colo dela. Então Eva disse a ele:
     - Você não tem nada para dizer?
     E ele:
     - Ah. Eu sou gay!
    Eu:
     "poker face"
Adão e Ivo
Isso sim é o paraíso
     Meu coração bateu muito rápido. Mil coisas se passaram em minha cabeça. fiquei parado por uma hora, mas só se passaram 3 segundos. Então eu disse que também sou. 
     Eva não contou sobre mim para ele, mas quando ela descobriu sobre Lucas, disse-lhe que não era justo esconder isso do colega de quarto dele e convenceu que o certo seria me contar. Mas ele não é bobo. Foi tudo premeditado. Na noite passada tivemos uma conversa longa e eu contei sobre meus problemas que ele percebeu que se pareciam muito com o que ele tinha vivido. Não foi difícil que ele ligasse os pontos.
     A parte mais difícil tinha passado. Logo eu teria coragem de contar sobre o que eu sentia por ele. Mas ele não me dava sinal de que era recíproco. FODASSE MALUCO. Vou contar e desencanar de uma vez se não for para acontecer.
    To be continued...


Té +

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Pão-de-queijo e outras delícias [2011]

     Finalmente 2011
     Muita coisa para contar, então vou dividir para não ficar muito grande.

Atual Mister MG
     O ano já começou bem (para meus padrões da época). Viajei para Minas Gerais com um colega e minha melhor amiga B"ia" para prestarmos vestibular. Ah! Que terra maravilhosa. Só tem coisa gostosa lá. Queijo, pizzas de 4 queijos, pão de queijo, sotaque, mineiros *-* (sou doido por queijo e por mineiros). Êita Montes Claros para ter gente bonita. Porque não nasci lá, MelDels? A vida é injusta. V"álter" babava cada vez que uma mineira passava. Bia babava cada vez que um mineiro passava. Eu fingia babar cada vez que uma mineira passava para que não percebessem que eu babava cada vez que um mineiro passava. Nunca foi tão difícil fazer uma prova como foi aquela. Colocaram um cara lindo para vigiar minha sala. E  cada vez que ele falava, aquele sotaque me hipnotizava. Pode até não ser esse o motivo, mas não consegui entrar na faculdade que eu tentei. Mas eu ainda poderia usar a nota do ENEM para isso. Claro que eu tentaria em Minas.
Melhor que pão-de-queijo (Mister MG 2010)
 

   
   Mas eu estava de férias e tinha q me divertir. Lembra de Igor? Peguei. Um dia ele me convidou para ir à casa dele e ficou claro que iria rolar. Ficamos um tempo na cama dele enquanto eu me acostumava com aquilo. Finalmente eu o beijei. Foi muito melhor que era com mulher. Ele deixou a mão dele ir para onde não devia e a minha mão também. Mas não foi tudo aquilo que eu pensei. Ele começou a falar meio meloso comigo e eu n tive coragem de dizer que eu só queria experimentar com ele. Acho que ele pensou que estávamos namorando. Não mesmo! Ele não era muito bonito, só falava de RBD, Britney e Justin Timberlake (só gosto da Bitch, mas na época, nem isso) e não é muito confiável. No dia seguinte eu me despedi da cidade da minha escola numa festa de comemoração surpresa pelo sucesso de Bia em um vestibular. Ela mereceu muito e merece ainda mais. Mas eu anda não tinha coragem de contar q sou gay nem para ela.


Só de imaginar Lucas nessa posição...
Ai, ai
     Passei em um único vestibular. No curso de engenharia elétrica, mas não era o que eu queria. Acabei me matriculando em uma faculdade de medicina utilizando a nota do ENEM. Me arrependi demais de ter feito isso. Nunca foi o curso que eu queria. Acho que fiz isso por vaidade. O pior é que a faculdade fica muito longe da minha cidade, mas não é em Minas Gerais. Conheci vários colegas por orkut. Tinha uns bem gatinhos, até. O T"iago" era pegavelzinho. L"ucas" parecia gordo, mas certamente era gay. F"elipe" era muito lindinho, mas jogava futebol (mas existe o Richarlysson, então não perdi as esperanças). Quando os conheci pessoalmente confirmei que Felipe é lindinho, Vi que Tiago é "cagado" e Lucas não era gordo (é razoavelmete bonito e tem a bunda mais gostosa from the world) (atualização: ele é gordo sim e a bunda tem mais celulite que Valeska Popozuda).

     Amanhã começa a história de minha paixonite/paixão/amor/burrice.

Té +

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Quase hétero [14-17 anos]

     Oiê!
     Cá estou. Que comece o ensino médio.

     Aos 14 anos fui estudar numa escola técnica em uma cidade próxima à minha. A mesma escola que Ralf, por isso, nossas mães alugaram uma casa para nós dois morarmos. Já sabem que me enchi de esperança, né? Eu e Ralf na mesma casa, certamente ia acontecer alguma coisa. Nem. Foram 3 anos bem hétero para ele. Até namorou uma colega por um tempo. O maior problema é que, para qualquer outra pessoa, também pareceu que foram anos hétero para mim.

     Logo no início, achei que tivesse me apaixonado por uma colega. Ela era super divertida, companheira, engraçada e bonitinha. : /  . Na verdade era meio feia, mas a beleza interior é o que importa (em mulheres. Nos homens tem que ter um mínimo de beleza física também). Foi meu primeiro beijo. Mas foi bem ruim. A língua dela era meio áspera e isso me incomodou (além da falta de barba e de pegada forte). Mas ela mudou de escola pouco tempo depois, me deixando triste porque ela era uma grande amiga, mas aliviado porque ela nitidamente estava gostando de mim e eu não poderia retribuir o sentimento. Um tempo depois, ela voltou à cidade da nossa escola e ficamos outra vez. Esse meu segundo beijo foi até bonzinho, mas era só o encontro de línguas e eu queria sentir algo por dentro. Talvez pareça besteira. Uma coisa de menina fã do restart, mas eu acreditava mesmo que um beijo causava uma sensação mais forte.
O lado bom de REBELDE
     Sem ela, eu passei um tempo sem muitos amigos na minha turma. Tentei andar com o grupo dos meninos, mas não tinha assunto porque odeio futebol e vaginas. Então Igor se aproximou de mim. Ele era nitidamente gay. Sempre conversava comigo sobre RBD (não gosto) e "cantoras de viado" (não gostava porque não podia gostar). Ficava com muita vergonha de ser visto perto dele, mas ele era meu amigo, então valia o risco. Não demorou muito até ele me dizer que é bissexual (o que não era verdade, porque ele é homossexual). Ficou esperando eu dizer algo, mas apenas falei que eu sou hétero. Claro que eu já tinha percebido que sou gay, mas eu ainda tinha esperaça de gostar, pelo menos um pouco, de mulher.
     No ano seguinte eu perdi o contato com ele, porque ele mudou de turma. Então comecei a vasculhar o mundo gay da internet. Conheci Queer as folk, e as novelas as the world turns e verbotene liebe, todos com temática gay. Assim pude ter os primeiros contatos com o significado de ser gay. Vi que a diferença entre gays e as "pessoas normais" era apenas o alvo do interesse. Nesse tempo eu gostei de vários caras, mas tudo platônico. Quando eu tinha algum sinal de que um cara de quem eu gostava pudesse ser gay, o encanto acabava. Coisa de louco, eu sei, mas penso que eu fazia isso inconscientemente por medo. Acabei contando para o Igor que eu sou gay, mas até o fim do ensino médio, ele era o único que sabia disso (a não ser que ele tenha contado para mais alguém).
Acho que estou carente
Por isso, tanto beijo

     Esclarecimentos: Um leitor do blog (provavelmente só tem mais 2 ou 3, além dele) me questionou sobre eu ter escrito H"ugo". Isso é apenas um jeito estranho vindo from sei-lá-where, para dizer que o nome real da pessoa citada começa com a mesma letra do nome que eu criei, mas o resto é diferente para proteger a identidade dele caso algum conhecido leia o texto. Assim, se um amigo meu chamado Carlos entrasse na história como Caim, eu teria escrito C"aim" na primeira vez que eu falasse sobre ele, por exemplo.
     Amanhã eu começo a contar sobre meus 18 anos e o ano de 2011. Finalmente eu me aceitei gay e aconteceu tanta coisa que parecem 5 anos em 1 (something like this).

Té +

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Lutinhas e brigas [11-14 anos]

     Olá =)
     Ontem não pude postar porque estava muito ocupado deitado em minha cama o dia inteiro. Me desculpem. Mas agora vou continuar contando sobre a minha vida de onde eu parei.


     Alguns anos se passaram desde a última "brincadeira" com meus primos. Ralf continuava indo à minha casa para jogar video-game sempre que podia e não estava jogando bola com os amigos dele. Eu nunca gostei muito de futebol (já pensei até que essa fosse a causa de ter me tornado gay, mas não faz sentido. Como correr atrás de uma bola me faria ser hétero?). Até tentei uma vez, mas quando descobri que o meu time era o vencedor, desisti (passei o jogo inteiro pensando que estava no time adversário). Mas nada do que eu queria acontecia. Uma vez, enquanto eu estava deitado no sofá, de bruços, ele me surpreendeu se deitando sobre mim. Oq eu fiz? Passei minhas mãos pelos cabelos dele e, quando percebi, estávamos sem roupa na cama dos meus pais (mas só no meu sonho da noite seguinte). Nam! Saí debaixo dele, fiquei com cara  de assustado e Ralf me pediu desculpas dizendo que foi só brincadeira. Droga! Foi só brincadeira! Mas umas semanas depois ele me ensinou como aliviar a minha tensão. Só me lembro que ele mostrou que algo estava bem alto sob a coberta dele (era um dia frio), e me falou q poderia me ensinar a fazer o meu ficar assim também. Pena que só me ensinou verbalmente (não confundir com oralmente, infelizmente). Eu era tão novo quando isso aconteceu que ainda só tinha a sensação boa. Não saía nada. Eu sabia que um dia sairia porque ele me disse que saiu uma gosminha uma vez que ele fez isso no banho.
O joystick que eu queria/quero
     Como eu não tinha internet na época, eu só deduzia como era o sexo pelo que eu via nas novelas. Achava que era sempre anal (mesmo sem saber esse nome) por causa de uma cena do Marcello antony que eu tinha visto numa minissérie da globo. Mas eu sempre imaginava fazendo isso com uma colega minha. Ou com Ralf (muito mais frequentemente). Então comecei a imaginar como se eu fosse um daqueles caras da televisão. Mas sempre que eu ficava sozinho com meu primo, esperava ele fazer alguma coisa nova, ou voltar com tudo que acontecia quando éramos mais novos. Mas nada acontecia (sem contar uma vez que dormi na casa dele e acordei com sua mão apertando meu pênis sobre a calça). Até que começamos a brincar de "lutinha".
    Lutinha tem regras simples. Faça o que for preciso até o adversário (parceiro sexual) desistir. No começo era tudo inocente. Brincadeira infantil onde a pancadaria rolava solta. Murros, chutes, puchões de cabelo, golpes [nos países] baixos, masturbação, etc. Oh, wait! Masturbação :o        Um fazia no outro, enquanto cada um fingia q tentava tirar a mão alheia do próprio "p"(cansei de digitar pinto e não gosto de digitar pênis, rôla, instrumento, ou qualquer outro apelido) e o outro fingia que acreditava. Assim, quem perdesse, ganharia. E todas comemora =D
Homens treinando para o campeonato de lutinha
Lutinha greco-romana

     Pena que isso também parou. E eu, cada vez menos, pensava na minha colega para fazer aquele negoço (e quando fazia, era por dor na consciência). Eu tenho um primo gay (hoje eu acho que são 3,5 porque Ralf parece bissexual. Além de minha irmã C"arla" que deve ser lésbica), de quem todos falavam mal pelas costas. O próprio pai tentou matar ele quando soube (meu pai, junto com meus outros tios, tiveram que detê-lo). Não queria isso para mim. Não quero isso para mim.
Como Hugo se parece
(a beleza nem sempre compensa)
     Mas também houve um momento obscuro nesse tempo. Na minha cidade existe um casarão imenso onde mora um casal de idosos e seus incontáveis animais. A senhora é uma das melhores pessoas do mundo, mas o marido dela : /      Um dia, indo para a casa de um colega de escola para fazer um trabalho, ouço alguém me chamando. Era o tal senhor, me chamando da porta da casa dele. Na minha inocência, eu fui. Ele queria me mostrar os cachorros pela janela do quintal traseiro da casa. O traseiro que ele tava olhando não era o quintal. Quando encostei na janela, ele tentou encochar. Ah, que nojo! Saí de perto da janela. Depois ele ficou insistindo para que eu me sentasse no colo dele. Disse que não poderia porque precisava fazer o trabalho e saí correndo para a casa de meu colega que era bem próxima. Estava muito nervoso e acabei me estabacando no chão depois de tropeçar na calçada. Outros colegas estavam perto e ficaram rindo de mim. Comecei a chorar e distribuí murros em duas colegas, brigay com H"ugo" (que era bem gatinho, mas irritante) e fui embora.
    Um tempo depois, Ralf foi estudar numa cidade vizinha maior e fiquei um tempo só na imaginação.

     Este post ficou longo e sem graça, mas achei necessário. Amanhã vou contar sobre o período de ensino médio. É tudo no plano das ideias. Não teve prática alguma, mas é massinha, até. Foi quando eu aceitei quem eu sou com a ajuda de um amigo, o I"gor".

Té +

domingo, 27 de novembro de 2011

Primos [0-10 anos]


      Consegui voltar. E o blog já teve 17 visitas. Todas comemora (acho que 12 foram minhas :p )
     Como disse antes, falarei sobre minha infância e tudo que eu me lembro de ter acontecido e que me fez descobrir minha sexualidade.

     Tudo começou muito cedo. Acho q eu tinha 7 ou 8 anos, talvez menos. Meu primo R"alf" é pouco mais de uma ano mais velho que eu e era meu melhor amigo. Sempre dormíamos um na casa do outro e ficávamos jogando video-game quando nossos pais estavam por perto. Não sei bem como começou, mas me lembro que, quando estávamos sozinhos, ele sempre propunha da gente fazer "osadia" (era assim q a gente chamava). Era uma brincadeira que me divertia bastante. Não via sentido naquilo, mas sabia que era segredo. Uma única vez fomos "pegos no flagra" na casa de nossa avó por uma garota que eu não me lembro nem cara, nem nome, nem porque estava lá. Sei que ela não era da minha cidade natal e foi embora poucos dias depois sob juramento de nunca contar aquilo para ninguém.
Versão aperfeiçoada do Ralf

     L"oki" era outro primo, bem mais velho, já deveria ter 15 anos e também jogava super nintendo lá em casa. Ele cuidava sempre de mim quando meus pais tinham que sair. Até que um dia, enquanto ele jogava donkey kong (bateu saudade do DK agora) ele chegou a uma fase que não conseguia passar. Ele teve uma ideia na hora. Mostrou o pinto e me disse para segurar porque assim ele teria mais sorte e conseguiria passar da fase. Eu recusei, claro, mas ele insistiu tanto que não teve jeito. Eu gostava, mas fazia catecismo e achava q estava traindo Jesus com aquilo. Mas o poder de persuasão de  Loki sempre foi ótimo (só perdia da minha irmã que consegue tudo na base da confusão). E deu certo :O    Ele conseguiu passar da fase. Daí em diante sempre usamos nossa estratégia secreta nas situações difíceis para os nossos companheiros DK, Mario, Ryu, Liu Kang, etc.
Como Loki se parece

     Mas uma prima de minha idade também gostava de brincar. Uma vez  me chamou pro quarto dela, trancou a porta, tirou a roupa e me mandou deitar. Eu fiquei vestido o tempo todo. Dessa vez não foi legal. Será que foi porque eu fiquei vestido? será que eu acho ela feia? Será que se ela tivesse pinto seria melhor? Bem. Com Loki eu ficava vestido. Ela é uma das mais bonitas de minha cidade. Só sobrou um motivo. Mas eu gostava de uma colega da escola. Eu não queria ser viado.
Vocês não querem saber como era minha prima

     Tinha que parar com aquilo. E Loki me ajudou a parar. Um dia ele me bateu e beliscou minha bochecha até fazer uma marca bem forte e eu disse que ia contar para minha mãe. Ele era mais esperto e ameaçou contar o meu segredo para ela  (Jogou verde e se deu bem) se eu contasse que ele fez aquelas marcas. Ralf estava comigo e se desesperou dizendo que eu ia contar, com certeza. Depois desse susto, paramos de fazer "osadia". Mas minha mãe é bisbilhoteira. Perguntou tanto, mas tanto, sobre as marcas, que eu falei tudo que aconteceu. Até meu segredo.
     Por um bom tempo, nada mais aconteceu. Minha mãe se convenceu de que era coisa de criança, eu prometi que não faria mais e realmente não fiz. Mas eu ainda me lembrava. Ainda pensava naquilo. Mas Ralf parou de me chamar para brincar desse jeito. E eu não tinha coragem de chamar. Talvez fosse melhor assim.


    Por enquanto é isso. Farei mais duas postagens, respectivamente sobre o período do ginásio e o ensino médio. Depois disso, eu chego em 2011, onde tudo acontece. Provavelmente, amanhã já sai a próxima.
   Acho que fui bem superficial, me restringindo aos fatos, mas sem falar muito do que eu sentia. Isso aconteceu porque já não me lembro direito tão detalhadamente dessa época e não quero contar alguma mentira sem perceber. Mas a partir da postagem seguinte, já chega em uma época que eu me lembro melhor. Acho que vai ficar mais interessante (tanto para mim, quanto para os leitores).
     Sou novo no mundo dos blogs e ainda não me viro muito bem por aqui, então se alguém puder dar umas dicas, eu serei muito grato =D

Té +

Começando

     Oi gente (sim, tenho pretensões de que alguém leia este blog, se é que ele vai existir mesmo)!
     Resolvi criar este blog com o intuito de falar sobre minha vida. Não acho q ela seja tão diferente de grande parte da população, mas sempre fui apaixonado por histórias da vida das pessoas contadas por elas mesmas (não curto fofoca quando estou sóbrio). Talvez eu poste fotos, histórias ou outras coisas quaisquer que me interessem, mas ainda não estou muito certo quanto a isso : /
     O principal assunto será, certamente, relações de amizade e "amorosas" influenciadas pela minha sexualidade, pois sou gay.
     A princípio pensei em contar apenas histórias que aconteçam comigo a partir de agora, mas estas "férias" (longa história que será contada em breve) estão tãããããããooo paradas que vou começar fazendo um resumo das influências que a homossexualidade teve desde a minha primeira lembrança em brincadeiras com o priminho (hoje ele é bom bonito e está dormindo ao meu lado *-*) até minha vida ficar totalmente desinteressante, ou tão interessante que não sobre tempo para o blog (duvido muito). Talvez eu desista disto quando eu acordar porque sou um pouco "de lua". Tomara que não!
     Ah! Sou o "Tyr" o/     Ou quase isso. Na verdade pegay emprestado o nome de um deus nórdico.



     Não, esse de cima não é Tyr (o modelo Henry Feiden tá mais para deus grego). Tyr é o da imagem abaixo:


     O nome do blog foi escolhido de improviso, mas acho que é bem apropriado porque passo horas e horas refletindo, só eu e eu mesmo numa longa conversa (conversas entre mim e Tyr). Meio tosco, eu sei, mas não sou criativo. Se tivesse muita criatividade, não contaria minha vida. Inventaria uma história incrível e publicaria um livro, venderia milhões de cópias e me casaria com o Mister Brasil em Fortaleza (não tem relação entre livro e ele, mas o blog e o delírio são meus, faço com eles tudo que quiser, porque democracia é pros fracos -n), já que o jurídico de lá está querendo facilitar o casamento gay.
     Amanhã eu começo contando, sem muitos detalhes (porque não quero incitar a pedofilia), sobre minha infância. Espero que alguém possa se interessar, ou até se identificar com a minha vida.

Té +